As Minhas Escolhas Baselworld 2017

Olá, como no ano passado, deixo aqui as minhas principais escolhas dos modelos lançados nesta edição do Baselworld 2017. Infelizmente não tenho tido tempo para seguir bem, e ler mais aprofundadamente mas fica aqui um pequeno registo 'light' na mesma.

Bom começamos com uma marca que muitos aqui apreciam, e o mais esperado modelo, o novo 62MAS, claro!

Seiko Prospex Diver SLA017:


Está um espectaculo e verdadeiramente fiel ao original. Pena o preço que irá ser comercializado (perto dos 4000Eur) pois irá cortar a lista de pretendentes por metade. Para esses há sempre os Prospex Diver SPB051/53, que apesar de não serem iguais, partilham bastante do mesmo DNA. Só não gosto dos ponteiros e o tamanho talvez seja grande demais (para mim) a 42 e picos...


A seguir, vem estes também da (Grand) Seiko, os Grand Seiko SBGW251, SBGW252, SBGW255, que se destacam pela elegância muito simples e bem conseguida, mas também pelo facto de serem os modelos com que a Grand Seiko irá definir-se como uma marca independente dentro da Seiko e não uma gama apenas. Isto promete!


Mais uma vez modelos muito bem desenhados e com um update muito ténue e que complementa o aspecto vintage.

Temos também o primeiro Grand Seiko 'moderno' o SBGR305 que consegue misturar muito bem o seu passado com os dias de hoje:


Depois temos este Longines Heritage 1945 e a sua história interessante de como veio a ser (recomendo leitura na Hodinkee aqui: https://www.hodinkee.com/articles/longines-heritage-1945-introducing]https://www.hodinkee.com/articles/longines-heritage-1945-introducing]https://www.hodinkee.com/articles/longines-heritage-1945-introducing
Mais uma vez baseado num esquecido modelo dos anos 40, com um fabuloso mostrador salmão curvado, ponteiros azuis, e o tal tipo caixa de que ando tão enamorado há já alguns meses com 'bizel' plano.

O unico senão, para mim, é terem aumentado o tamanho tornando-o muito ligeiramente desproporcional e por causa do novo mecanismo (suponho), os segundos estarem tão perto do eixo dos ponteiros...


Original com reedição:


Mais um inspirado, o Tissot Heritage 1948 Chronograph. Um relógio bastante bem conseguido, inspirado nos cronógrafos da época e com um tamanho moderno mais próximo aos antigos. Será um ETA 2894-2, com 42 horas de reserva de marcha, e tudo isto com um preço que parece ser bastante razoável para uma peça destas.


O único senão sera o XII as 12, que para mim não havia necessidade, e, já agora, a tampa traseira que é feia que doi e mais uma vez sem qualquer necessidade de tanto floreado.
Talvez não precisasse da data mas não destoa muito...


Claro que faltam aqui as reedições da Omega, e os seus 60 anos do Speedmaster que todos já conhecem. Fica aqui so umas imagens do trio. De referir que os relógios do pack do trio completo vem com um extra que é mais escrita no mostrador a indicar que faz parte do trio e o numero da edição. Pessoalmente acho um pouco feio e uma pena, mas também não serei comprador por isso...



Para acabar esta mini seleção, as únicas peças que não são reedições vêm da Frederique Constant, uma marca que tenho vindo a seguir e que tem saído com alguns relógios muito interessantes e com preços bastante razoáveis especialmente para os seus mecanismos de manufatura.

Um desses modelos é o novo Flyback Chronograph Manufacture, que como o nome indica é um movimento cronógrafo flyback que demorou 6 anos a desenvolver.

Bonito e elegante sem ser espampanante, caixa de 42mm e estilo relativamente clássico, gosto especialmente da combinação aço e mostrador cinza escuro que mostro em baixo.


Resumindo, parece que este ano a maior parte das principais marcas decidiu apostar em modelos neo-vintage, buscando pistas (ou mesmo desenhos originais) do passado e reeditá-los.

Não sei se terá a ver com a suposta queda de mercado da relojoaria 'nova' em geral, ou se será como uma resposta ao comportamento inverso do mercado vintage que não parece dar tréguas. Ou se estão a ficar sem ideias!

Por um lado acho porreiro rever modelos antigos atualizados, por outro não sei até que ponto isto irá durar, pois a tendência dos apreciadores vintage será por norma para os originais e não reedições. Mais, passados mais uns anos, como irá ser se já não haverá mais modelos antigos para re-editar??

E vocês, o que acham?


Fotos: https://www.hodinkee.com/

Já agora, deixo aqui um video "hands-on" para os mais curiosos dos novos Seiko SLA017 (62MAS) e os Professional 600m Hi-Beat SBGH255  e SBGH257.

O link vem do Facebook mas dá para ver na maior clicando no link em baixo:

https://www.facebook.com/watch.critics/videos/1266090863427114/

«Isto» é outro Mundo.....

Há peças muito bonitas que saíram agora, pese embora não estar a acompanhar com a atenção de outros anos(falta de tempo e não tanto de interesse )

Gostei bastante da reedição do Seiko 62MAS e dos brutalíssimos Grand Seiko diver's, os primeiros GS automáticos da história da marca, logo um 600m He Gas e hi-beat.

Pena o preço...

Esse trio de Omega está muito bem.

Quanto ao filão descoberto pelas marcas na reedição de peças vintage, pois parece que está a resultar muito bem...até que haja peças para reeditar, de certeza vão apostar nisso...quando não houver, pois terão de pagar mais à equipa de desenho

Cumpts

Para mim é bom ver o desenhos voltarem para coisas mais clássicas e estilizadas. O "vintage" está na moda!

Adorei o Longines, ou melhor gostei muito do original, já da reedição pioraram o desenho.

the abyss escreveu:

Quanto ao filão descoberto pelas marcas na reedição de peças vintage, pois parece que está a resultar muito bem...até que haja peças para reeditar, de certeza vão apostar nisso...quando não houver, pois terão de pagar mais à equipa de desenho

Cumpts

Talvez!

Mas no outro dia li um comentário de alguém que fazia uma pergunta pertinente. Se hoje só reeditamos modelos vintage, como será daqui a 20-30 anos se não lançamos nada de 'novo'? Reedição da reedição do antigamente??

Daqui a 20-30 anos, provavelmente os relógios tal como hoje os concebemos já não existirão......

@M84, no caso da Longines ainda tem muita matéria para as reedições! Mas concordo, demonstram bastante preguiça em não desenvolver coisas novas.

@Sansoni7 Daqui a esse tempo espero ainda manter os meus. Sei mais ou menos o que a minha colecção "terminará", e também sei que um smartwatch terá de fazer parte. É difícil prever o futuro nesta indústria pois não sei se os mais jovens quererão usar algo no pulso da mesma forma como eu usei (casios e afins) mas o mercado das peças de verdadeira relojoaria não terminará. Tenho ideia que até está a crescer.

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Sansoni7 escreveu:Daqui a 20-30 anos, provavelmente os relógios tal como hoje os concebemos já não existirão......

Os relógios ficam e nós é que deixaremos de existir. Se bem tratados, ficam gerações....

Eu referia-me à concepção dos relógios como modo de medir o tempo....
Obviamente que as nossas «peças de colecção» perdurarão.....

Mais GS/Seiko Basel 2017

http://forums.timezone.com/index.php?t=tree&goto=7407435&rid=12189#msg_7407435

Ainda sobre o tema que falei na altura, sobre se as marcas no futuro teriam alguma coisa para 're-editar' caso não desenvovlam nada de novo rapidamente, o editor da revista, aBlogtoWatch, escreveu recentmetne um artigo sobre exactemente a mesma coisa.
É um artigo relativamente extenso, mas sem ser massudo, e além do artigo em si, alguns dos comentários são bastante pertinentes — tanto a favor como contra!

Se tiverem paciencia, recomendo a leitura.
http://www.ablogtowatch.com/luxury-watch-brands-lack-design-innovation