Patek Philippe | 1896 | Ouro 18Kt

Hoje temos mais um exemplar da clolecção, neste caso um Patek Philippe de 1896 em ouro de 18kt.

É um relógio tipo Lepine com as seguintes dimensões:

Diâmetro sem aro de corrente - 50,50 mm
Diâmetro com aro de corrente - 70,10 mm
Peso - 110 g.

Relógio com 125 anos de idade absolutamente impecável, tanto o mostrador como a caixa como o mecanismo.

Escape de âncora, grande ponte, quase em semi-círculo que protege a roda do tambor e a roda da corda, típica e característica dos relógios de bolso da Patek deste período.

Assinado tanto no mostrador, como na tampa do guarda-pó, como no mecanismo: "Patek Philippe & Co., Geneve"

Número de série da caixa e do mecanismo - 102162.

É um relógio muito interessante e muito valorizado, não só pela qualidade dos materiais empregues no seu fabrico como pela marca a que está associado.

Aqui ficam algumas fotos deste mágnifico relógio.

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A história de Patek Philippe


O interesse do homem por relógios mecânicos portáteis começou há cerca de 500 anos. Como a Patek Philippe acabou de celebrar seu 182º aniversário revela que o ilustre fabricante de relógios de Genebra co-escreveu um terço da intrigante história dos relógios de bolso. Embora, de fato, existam muitas marcas que afirmam ser mais antigas, a maioria delas interrompeu as suas atividades com o passar do tempo e foi restabelecida por pessoas completamente estranhas em datas muito posteriores. Por outro lado, a Patek Philippe tem se esforçado sem interrupção desde seu início em 1 de maio de 1839 e sempre foi propriedade privada. Hoje, é amplamente considerado um dos nomes de maior prestígio da  alta relojoaria e um dos principais fabricantes de relógios mecânicos de qualidade.
Esta é a história de uma manufatura que nasceu do fascínio de um imigrante polaco; a história de uma manufatura que suportou provações e tribulações e - apesar de tudo isso - permaneceu fiel ao seu ADN.

Antoine Norbert de Patek

Antoine Norbert de Patek nasceu na Polónia em 1812 e cresceu em tempos difíceis. Aos 16 anos, ingressou no 1º Regimento de Fuzileiros Montados da Polónia e lutou na Guerra Polaco-Russa, também conhecida como Levante de Novembro (1830-1831). Em 1831, recebeu o Virtuti Militari , a mais alta condecoração militar da Polônia por actos de heroísmo (semelhante à Medalha de Honra Americana). Mais tarde naquele ano, o levante polaco em luta contra as forças ocupacionais russas foi esmagado, forçando Patek e seus companheiros soldados a embarcar na 'Grande Emigração' em direção à Europa Ocidental. Patek tinha-se estabelecido inicialmente em França, embora mais tarde tenha sido forçado a reinstalar-se na Suíça depois que um decreto desfavorável que foi emitido pelo governo francês (sob pressão da embaixada russa).



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Francois Antoine de Patek

Foi em Genebra, Suíça, que ele ficou fascinado com a herança relojoeira da cidade e a arte complementar de gravadores, esmaltadores e joalheiros. Como refugiado, Patek procurou a companhia de imigrantes e conheceu François Czapek, um relojoeiro polaco de ascendência Checa. Em 1 de maio de 1839, Patek junto com Czapek e Thomas Moreau (tio de sua esposa) formaram Patek, Czapek & Cie - Fabricants à Genève; mal sabia Patek que este era o início de um legado duradouro.
A empresa foi bem sucedida desde o início, mas o aumento da discórdia entre Patek e Czapek inevitavelmente significou que os dois homens tiveram que se separar. À procura de um novo parceiro, Patek conheceu o talentoso relojoeiro francês Jean Adrien Philippe na Exposição Industrial Francesa de 1844 em Paris.


Jean Adrian Philippe


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Jean Adrien Philippe

Foi na exposição que a invenção patenteada de Philippe, um mecanismo para dar corda num movimento e acertar os ponteiros sem ser necessária uma chave autónoma, foi premiada com uma medalha de ouro. Naturalmente, isso chamou a atenção de Patek. Um ano depois, Patek encerrou a sua parceria com a Czapek e juntamente com Jean Adrien Philipppe e Vincent Gostkowski, um terceiro sócio, estabeleceu uma nova empresa sob o nome de Patek & Cie - Fabricants à Genève. Em 1851, a empresa foi renomeada Patek, Philippe & Cie. Enquanto os processos de produção modernos foram adotados por Philippe, a Patek procurou um estilo inovador de marketing que colocaria os relógios da manufatura entre os relógios mais procurados do mundo.


As viagens de Patek levaram-no para longe, dos EUA à Alemanha, da Itália à Rússia. Patek nunca foi fisicamente robusto para aguentar estas viagens constantes; em 1875, com o agravamento de sua anemia, ele sentiu-se compelido a designar um sucessor para evitar que sua obra vitalícia corresse perigo. Três funcionários - Cingria, Rouge e Köhn - injetaram capital na empresa e tornaram-se co-proprietários da manufatura. Em 1 de março de 1877, Antoine Norbert de Patek faleceu com 65 anos. Seu filho Léon tinha apenas 20 anos e não queria ingressar na empresa. Cedeu todos os direitos contra uma renda anual de 10.000 francos e viveu desse rendimento até falecer em 1927.



A empresa chegou até aos dias de hoje, ininterruptamente e é considerada a marca de relógios mais valiosa do mundo. Os seus relógios são vendidos em leilões por preços astronómicos batendo recordes constantemente.


Três dos quatro relógios mais complicados do mundo foram construídas nas oficinas da Patek Philippe, a saber:


O "The Packard"


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1927: James Ward Packard recebe seu relógio de bolso astronômico, 'The Packard' com o nº 198 023.



O "Graves" 


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O "Calibre 89"


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Em comemoração ao 150º aniversário da Patek Philippe, foi lançado o relógio de bolso Calibre 89 com 33 complicações.





"Um coleccionador é um fiel depositário de história e de histórias"

MUITO BOM, muito bem! 

Obrigado mais uma vez @floijdt! Grande relógio e é excelente ficarmos aqui também com a história da marca!

floijdt escreveu:"Um coleccionador é um depositário de história e de histórias"

Grande frase


Ainda vou parar ao inferno por sua causa @floijdt. Sempre a instigar a minha inveja .

Ou seja, o Philippe é que era a galinha dos ovos de ouro. O Patek não tinha bases relojoarias só habilidade para os negócios. Mas será que sem ele o Philippe teria ficado na obscuridade da história?... É o que se chama estar no sítio certo à hora certa.

Obrigado pelo tópico.


Aproveito para deixar dois links com um preview do catálogo do museu da Patek Philippe:

Volume I
Volume II

Mais uma vez um GRANDE OBRIGADO ao amigo @floijdt por mais este grande maravilha que nos faz arregalar os olhos  .....

Obrigado!