Apple Watch - o novo 'Inimigo'?

Apple Watch - o novo 'Inimigo'?

Apple ultrapassou toda a indústria de relógios da Suíça.
Apple Watch... o que é?

Um novo relógio, somente?
Um smartwatch ou muito mais?
Uma nova concepção de relógio?
Apple como uma 'nova' brand de relojoaria?
A peça que dará início a uma crise maior que a anterior 'crise do quartz' na relojoaria?
Uma crescente tendência ou uma moda fugaz?
Diver, Militar e agora a era dos Tech?

+info: https://www.noticiasaominuto.com/tech/955455/apple-ultrapassou-toda-a-industria-de-relogios-da-suica

Não sei se ainda se pode considerar um Smartwatch como uma ameaça aos relógios mecânicos.
Como todos sabemos são completamente diferentes, um é apenas um aparelho tecnológico e os outros são um pouco mais do que isso. Um apenas se usa durante uns anos e depois fica inutilizável e desactualizado e o outro dura uma vida inteira ou até ficar para uma próxima geração. Um pode ser um bom investimento ou outro nem por isso.
Para os amantes da relojoaria não diria que é uma ameaça pois podemos até achar que esse tipo de tecnologia seja útil mas nunca vai ser aquilo que realmente gostamos. Se calhar a conversa é mais para quem não tem grande interesse em relógios, mas diria até que está outra vez na moda usar relógios sobretudo como acessórios de moda. Uma pergunta que talvez se possa pôr é qual o papel do relógio "normal" neste momento. Todos podemos viver sem um e por vezes quando queremos saber as horas até recorremos aos nossos telemóveis até porque são bastante mais precisos. Os dias em que era realmente um instrumento já estão ultrapassados, será que hoje já são apenas acessórios de moda? Será que os verdadeiros instrumentos, que um dia os relógios normais já foram, são agora os smartwatches?
Na minha opinão estão muito mais em risco as marcas acessíveis e que produzam peças de quartzo do que as marcas de luxo como Rolex, Omega... Quem quer comprar um bom relógio vai sempre optar por uma dessas, é uma compra para uma vida. Agora se tivermos a falar de relógios de moda como Daniel Wellington, MVMT, Michael Kors ou até mesmo a Swatch, relógios que vão passando de moda e as pessoas vão comprando vários ao longo da vida se calhar esses poderão a começar a ser substituídos por Apple Watches. São também "descartáveis" mas oferecem mais funcionalidades.
Tudo o que acabei de dizer pode estar completamente errado mas neste momento é a opinião que tenho sobre este assunto que sem dúvida é bastante interessante e muitos blogues como o Hodinkee já deram a sua opinião e recomendo ver.
Vou ficar atento a este tópico e parabéns pela ideia @antiqvarivm

Bom ponto de vista Caro ricardo97reis.
Partilho com alguns pontos da Sua observação.
Os relógios intemporais, serão sempre isso mesmo, acho
Caro Antiqvarivm, parabéns pela iniciativa do tópico.

@ricardo97reis e @Girão, obrigado!

Concordo com a excelente abordagem/observação do @ricardo97reis a toda a questão em torno do Apple Watch, uma perspectiva pertinente e de reflexão amadurecida.
Contudo, será somente assim?

Começará a ser frequente/moda o uso de duas peças no pulso ou uma peça em cada pulso? Uma mecânica (por estética, gosto, hábito, tradição ou mesmo capricho por exemplo) e outra Tech (por utilidade, necessidade ou mesmo complemento da outra).

Estaremos na era da transição do relógio-investimento (o mecânico) para o relógio-ferramenta (o Tech)? Sairá daqui, também por essa razão, o crescente impulso do vintage/antigo reforçado?

Num Vox Pop entre jovens de classe-média e classe-média alta dos 16-30 anos de idade, quais as razões e escolha, somente para uso diário/frequente, entre o Rolex e Apple Watch mais recente? Entre o Swatch e o Apple Watch mais recente? Entre um Tissot/Longines/Seiko e o Apple Watch mais recente? Se a escolha for entre o Apple Watch mais recente e um relógio vintage ou com uma peculiaridade histórica e porquê?

Obrigado pelo tópico e pelas intervenções.
Eu sou dos mecânicos, especialmente dos antigos.

Não sei até que ponto os relógios “espertos” vão substituir os outros. Na minha realidade vejo cada vez mais as pessoas a usarem relógios como artigos de moda. Não digo que estejam a passar para os mecânicos mas também não estão a abandonar os Quartz por um Smart Watch.
Há pessoas que não tem pachorra para estar a acarretar um relógio todos os dias, e depois ainda há a questão estética, mesmo que se troque a bracelete o relógio e sempre igual.
Na minha opinião as pessoas não vão abandonar os relógios convencionais, vão é passar a ter mais um, para ir correr ou para outro tipo de actividades...

Sansoni7 escreveu:Obrigado pelo tópico e pelas intervenções.
Eu sou dos mecânicos, especialmente dos antigos.

Como havia dito no tópico da minha Apresentação no Fórum DezDez.pt num post, "Eu vintage 'purista' me confesso Mecânicos e simples!".

Ainda assim, não podemos ignorar factos...

André Afonso escreveu:Não sei até que ponto os relógios “espertos” vão substituir os outros. Na minha realidade vejo cada vez mais as pessoas a usarem relógios como artigos de moda. Não digo que estejam a passar para os mecânicos mas também não estão a abandonar os Quartz por um Smart Watch.
Há pessoas que não tem pachorra para estar a acarretar um relógio todos os dias, e depois ainda há a questão estética, mesmo que se troque a bracelete o relógio e sempre igual.
Na minha opinião as pessoas não vão abandonar os relógios convencionais, vão é passar a ter mais um, para ir correr ou para outro tipo de actividades...

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

Será que ao PVP do Apple Watch e respectiva velocidade a que se auto-obsoleta, se justifica ter um como outro relógio que não seja de uso diário/preferencial?

Quais e quantos serão os novos 'Mestres da Relojoaria'?
Os relojoeiros puros, matemáticos, físicos e/ou engenheiros mecânicos? Agora engenheiros informáticos, programadores e outros IT?

Estaremos a cair no erro de considerar tudo o que se põe no pulso e também dê horas, um relógio?

Deveremos considerar relógio somente a peça que se destine quase exclusiva ou unicamente a indicar o tempo e a medir unidades de tempo?

Apple Watch

Apple Watch - o novo 'Inimigo'?

Para mim é um gadget. Um tamagoshi, que terá a sua época, mas por fim irá passar. E quem poderá prolongar esta tendência, serão as marcas concorrentes (Samsung e Hauwei).

Mas tudo irá passar e o Cortébert de bolso do meu avo ficar....

Se, filosoficamente e em termos muito resumidos, a ética se ocupa do bem e a estética da beleza, eu, quando se trata de bens tangíveis para uso pessoal como são os relógios, facilmente sacrifico a ética em favor da estética.

Ou seja, pouco me interessa o quão melhor é um smartwatch se o meu critério de escolha é fundamentalmente estético.

É hoje claro que o estético (vinil) ganhou a batalha ao ético (CD, MiniDisc, DAT e mais uma ou outra extravagância que andou por aí). E ganhou porquê? Porque era melhor? Não. Ganhou porque era mais belo…

Enquanto houver pessoas como eu, e há muitas, o relógio mecânico não corre riscos de extinção...

Goodstuff escreveu:Para mim é um gadget. Um tamagoshi, que terá a sua época, mas por fim irá passar. E quem poderá prolongar esta tendência, serão as marcas concorrentes (Samsung e Hauwei).

Mas tudo irá passar e o Cortébert de bolso do meu avo ficar....

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

@Goodstuff gostei muito da analogia aos Tamagotchi, apesar da devida distância. Compreendo e compreende-se. Por vezes estamos todos tão 'formatados', que o efeito prolonga-se... mas mesmo assim, atingem-se e superam-se metas anteriormente impensáveis.





post scriptum - sou um não cliente Apple, em todos os seus produtos e tenho na Cortebert uma das minhas marcas de eleição, inicializada por influência do meu Avô

altc escreveu:Se, filosoficamente e em termos muito resumidos, a ética se ocupa do bem e a estética da beleza, eu, quando se trata de bens tangíveis para uso pessoal como são os relógios, facilmente sacrifico a ética em favor da estética.

Ou seja, pouco me interessa o quão melhor é um smartwatch se o meu critério de escolha é fundamentalmente estético.

É hoje claro que o estético (vinil) ganhou a batalha ao ético (CD, MiniDisc, DAT e mais uma ou outra extravagância que andou por aí). E ganhou porquê? Porque era melhor? Não. Ganhou porque era mais belo…

Enquanto houver pessoas como eu, e há muitas, o relógio mecânico não corre riscos de extinção...

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

Concordo e penso que seja o sentimento generalizado e enraizado na maioria da Comunidade (dos verdadeiros entusiastas de Relógios), não creio sequer que seja a perspectiva purista, antes sim o testemunho reflectido. Excelente o exemplo do vinil na Música!

Decidi escrever um artigo sobre este assunto, quem quiser dar uma olhadela deixo aqui o link:
https://wordpress.com/post/relogionacional.wordpress.com/205

Cumprimentos

ricardo97reis escreveu:Decidi escrever um artigo sobre este assunto, quem quiser dar uma olhadela deixo aqui o link:
https://wordpress.com/post/relogionacional.wordpress.com/205

Cumprimentos

Fico contentíssimo por este tópico ter em parte sido/contribuído como um pequeno push para o brilhante artigo

Disponível em: https://relogionacional.wordpress.com/2018/02/19/smartwatches-o-futuro/


Parabéns @ricardo97reis!

Antiqvarivm escreveu:

Goodstuff escreveu:Para mim é um gadget. Um tamagoshi, que terá a sua época, mas por fim irá passar. E quem poderá prolongar esta tendência, serão as marcas concorrentes (Samsung e Hauwei).

Mas tudo irá passar e o Cortébert de bolso do meu avo ficar....

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

@Goodstuff gostei muito da analogia aos Tamagotchi, apesar da devida distância. Compreendo e compreende-se. Por vezes estamos todos tão 'formatados', que o efeito prolonga-se... mas mesmo assim, atingem-se e superam-se metas anteriormente impensáveis.

post scriptum - sou um não cliente Apple, em todos os seus produtos e tenho na Cortebert uma das minhas marcas de eleição, inicializada por influência do meu Avô

Sem duvida, existem modas que podem durar mais do que espectável, mas no fim serão sempre modas.

Comigo foi semelhante, o gosto pela mecânica de um relógio foi despoletado pelo Cortébert Speciale do meu avô.

Segue foto abaixo.

Muito obrigado @antiqvarivm

Goodstuff escreveu:

Antiqvarivm escreveu:

Goodstuff escreveu:Para mim é um gadget. Um tamagoshi, que terá a sua época, mas por fim irá passar. E quem poderá prolongar esta tendência, serão as marcas concorrentes (Samsung e Hauwei).

Mas tudo irá passar e o Cortébert de bolso do meu avo ficar....

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

@Goodstuff gostei muito da analogia aos Tamagotchi, apesar da devida distância. Compreendo e compreende-se. Por vezes estamos todos tão 'formatados', que o efeito prolonga-se... mas mesmo assim, atingem-se e superam-se metas anteriormente impensáveis.

post scriptum - sou um não cliente Apple, em todos os seus produtos e tenho na Cortebert uma das minhas marcas de eleição, inicializada por influência do meu Avô

Sem duvida, existem modas que podem durar mais do que espectável, mas no fim serão sempre modas.

Comigo foi semelhante, o gosto pela mecânica de um relógio foi despoletado pelo Cortébert Speciale do meu avô.

Segue foto abaixo.

Defeito ou feitio... não me consigo 'cansar' de ver um Cortébert
Além de bonito, o valor desse é a dobrar

Muito obrigado pela partilha!

Os relógios “espertos” não são uma moda, penso que daqui para a frente vão existir sempre. Mas continuo a achar que como artigo de moda um relógio, nem que seja um quartzo barato, é muito mais mutável. Trabalho ao público e para já posso dizer-vos que a esmagadora maioria das pessoas ou não usa relógio ou usa relógios convencionais. Os mais velhos marcas mecânicas robustas (orient, seikos, etc) e os mais novos relógios de marcas de roupa (gant, diesel, etc) os do meio muitos não usam nada. Ou seja os mais novos voltaram a usar relógio, como acessório de moda, tem dinheiro para iPhones de topo por isso também teriam para Apple watches mas não estam a ir por esse caminho. Secalhar uma pequena parte mas não certamente a maioria.
Aquela notícia da Apple ter ultrapassado a indústria relejoeira também me “cheira” muito a marketing

E já agora por ver esse cortebert do Goodstuff, aqui fica uma foto rápida do cortebert do meu avô, o primeiro relógio mecânico que tive e que guardo há anos, desde a altura em que deixei de usar relógio quando recebi um telemóvel.


Infelizmente não trabalha, um dia gostava de o reparar.

Edit: a imagem ficou torta não percebi bem porquê

Tentar novamente

André Afonso escreveu:Os relógios “espertos” não são uma moda, penso que daqui para a frente vão existir sempre. Mas continuo a achar que como artigo de moda um relógio, nem que seja um quartzo barato, é muito mais mutável. Trabalho ao público e para já posso dizer-vos que a esmagadora maioria das pessoas ou não usa relógio ou usa relógios convencionais. Os mais velhos marcas mecânicas robustas (orient, seikos, etc) e os mais novos relógios de marcas de roupa (gant, diesel, etc) os do meio muitos não usam nada. Ou seja os mais novos voltaram a usar relógio, como acessório de moda, tem dinheiro para iPhones de topo por isso também teriam para Apple watches mas não estam a ir por esse caminho. Secalhar uma pequena parte mas não certamente a maioria.
Aquela notícia da Apple ter ultrapassado a indústria relejoeira também me “cheira” muito a marketing

E já agora por ver esse cortebert do Goodstuff, aqui fica uma foto rápida do cortebert do meu avô, o primeiro relógio mecânico que tive e que guardo há anos, desde a altura em que deixei de usar relógio quando recebi um telemóvel.


Infelizmente não trabalha, um dia gostava de o reparar.

Edit: a imagem ficou torta não percebi bem porquê

Tentar novamente

Concordo com a perspectiva propagandista do marketing ao serviço da Gigante Maçã, as fake news ou meramente a moda numa dimensão assustadoramente global, são pertinentes e absolutamente válidas. O que lemos versus o que vemos, não pode nem deve ser relativizado!

Repetindo-me, 'Defeito ou feitio...' não me consigo 'cansar' de ver um Cortébert, imaginem dois...
Está visto, os nossos avôs transmitiram-nos o 'mal', o gosto por 'bons' relógios... Muito bonito, merece por todas as razões o restauro    

Muito obrigado pelo testemunho e pela partilha!

Sinceramente, parece-me que um relógio é um instrumento que se destina essencialmente a indicar as horas (ainda que indique também a data ou tenha uma função de alarme). Já um smartwatch é mais um gadget do que propriamente um relógio. O facto de dizer as horas é apenas um pormenor - até um microondas ou um sistema de home cinema dizem as horas, e não lhes chamamos "relógios".

E, na minha opinião, o smartwatch será mesmo uma moda temporária - a seguir virão os óculos com computador integrado (de que já se fala pela Internet) e a seguir virá outra coisa qualquer. A lógica é sempre a mesma: criar novidades para vender mais produtos, caso contrário o público cansa-se e pára de comprar. Quero acreditar que a relojoaria continuará por cá depois de tudo isso passar de moda.

PS: alguém sugeriu que os jovens não ligam a relógios "a sério" ou tradicionais/mecânicos. Não concordo. Talvez em Portugal isso tenha um fundo de verdade, mas a nível mundial não tem. Quem frequenta fóruns online sabe que há muita gente jovem apaixonada por relojoaria tradicional. Quem acompanha os leilões online sabe que os relógios mecânicos desaparecem rapidamente, tanto os vintage como os novos. Não duvido de que a relojoaria tem muita vida pela frente.

nmfl escreveu:Sinceramente, parece-me que um relógio é um instrumento que se destina essencialmente a indicar as horas (ainda que indique também a data ou tenha uma função de alarme). Já um smartwatch é mais um gadget do que propriamente um relógio. O facto de dizer as horas é apenas um pormenor - até um microondas ou um sistema de home cinema dizem as horas, e não lhes chamamos "relógios".

E, na minha opinião, o smartwatch será mesmo uma moda temporária - a seguir virão os óculos com computador integrado (de que já se fala pela Internet) e a seguir virá outra coisa qualquer. A lógica é sempre a mesma: criar novidades para vender mais produtos, caso contrário o público cansa-se e pára de comprar. Quero acreditar que a relojoaria continuará por cá depois de tudo isso passar de moda.

PS: alguém sugeriu que os jovens não ligam a relógios "a sério" ou tradicionais/mecânicos. Não concordo. Talvez em Portugal isso tenha um fundo de verdade, mas a nível mundial não tem. Quem frequenta fóruns online sabe que há muita gente jovem apaixonada por relojoaria tradicional. Quem acompanha os leilões online sabe que os relógios mecânicos desaparecem rapidamente, tanto os vintage como os novos. Não duvido de que a relojoaria tem muita vida pela frente.

Obrigado pelo contributo e pela participação neste tópico!

@nmfl gostei da analogia aos Micro-ondas enquanto definição daquilo que deverá ser propriamente dito/entendido como um relógio, a sua definição correcta e não categorizando como um qualquer objecto com função integrada de contar e medir tempo.
Podemos estar numa era em que se tenta e procura aceleradamente pela via multidisciplinar, do multifacetado, do multicultural, de tudo multiplicar ou amputar, do multivariável, para com isso inovar ou empreender, mas o resultado não tem que ter o sucesso ou a intemporalidade do 'Chavão'!
O marketing e os media são muito culpados sim, mas a ligeira reflexão humana não pode ser per si desculpada de tudo...

Concordo que a Comunidade (dos verdadeiros entusiastas de Relógios, não necessariamente puristas) está cada vez mais cheia de jovens, mas mesmo até em Portugal, veja-se o exemplo deste mesmo Fórum, o DezDez.pt

[quote="Antiqvarivm"]

nmfl escreveu:
Concordo que a Comunidade (dos verdadeiros entusiastas de Relógios, não necessariamente puristas) está cada vez mais cheia de jovens, mas mesmo até em Portugal, veja-se o exemplo deste mesmo Fórum, o DezDez.pt

Sim, o próprio DezDez é indicativo de que há (pelo menos) um nicho de jovens apreciadores de relojoaria tradicional em Portugal. Se formos aos fóruns internacionais e às redes sociais ainda mais notário é esse facto. O fórum dos fãs da Seiko no Facebook tem 27 mil membros, a maioria deles jovens nos 20s/30s/40s (aparentemente). Outro grupo dedicado aos relógios que acompanho no Facebook tem 33 mil membros e é (mesmo) muito ativo, com jovens de todo o mundo a discutir diariamente e cheios de entusiasmo os mais secundários pormenores sobre relógios (sobretudo mecânicos). Um debate tipo "SKX Versus Orient Mako" dá origem a centenas de respostas  

É claro que os apreciadores de gadgets nesta faixa etária (e nas outras) serão muitos, muito mais - mas, um dia, também esses mudarão de interesses, e alguns virão a gostar de relojoaria. Sempre ouvi dizer que, se há algo que muda com o avançar da idade, é gostarmos cada vez mais de coisas mais simples e originais, e é verdade.

Tendo dito tudo isto, devo também sublinhar não tenho nada contra smartwatches (embora não me apelem nem como relógios nem como gadgets). Gostos são gostos.

nmfl escreveu:

Antiqvarivm escreveu:

nmfl escreveu:
Concordo que a Comunidade (dos verdadeiros entusiastas de Relógios, não necessariamente puristas) está cada vez mais cheia de jovens, mas mesmo até em Portugal, veja-se o exemplo deste mesmo Fórum, o DezDez.pt

Sim, o próprio DezDez é indicativo de que há (pelo menos) um nicho de jovens apreciadores de relojoaria tradicional em Portugal. Se formos aos fóruns internacionais e às redes sociais ainda mais notário é esse facto. O fórum dos fãs da Seiko no Facebook tem 27 mil membros, a maioria deles jovens nos 20s/30s/40s (aparentemente). Outro grupo dedicado aos relógios que acompanho no Facebook tem 33 mil membros e é (mesmo) muito ativo, com jovens de todo o mundo a discutir diariamente e cheios de entusiasmo os mais secundários pormenores sobre relógios (sobretudo mecânicos). Um debate tipo "SKX Versus Orient Mako" dá origem a centenas de respostas  

É claro que os apreciadores de gadgets nesta faixa etária (e nas outras) serão muitos, muito mais - mas, um dia, também esses mudarão de interesses, e alguns virão a gostar de relojoaria. Sempre ouvi dizer que, se há algo que muda com o avançar da idade, é gostarmos cada vez mais de coisas mais simples e originais, e é verdade.

Tendo dito tudo isto, devo também sublinhar não tenho nada contra smartwatches (embora não me apelem nem como relógios nem como gadgets). Gostos são gostos.

@nmfl de facto parece provar-se na estatística que muito em nós "muda com o avançar da idade", mas há casos e casos, pessoas e pessoas... no meu caso não vejo 'melhoras', não gosto dos quartz, não gosto de motherbords de pulso e sou um adicto a relógios mecânicos  

Muito obrigado pelo testemunho e pela partilha!